Com Guy Pearce, Lennie James, Maggie Grace
Eu começo esta pequena crítica com um pequeno spoiler, por isso se não quiserem ler a descrição de uma das últimas cenas deste filme saltem para o segundo paragrafo deste texto. Após oitenta minutos de pseuda-ação e violência, os dois protagonistas de “Lockout” vestem um fato de skydive e saltam da MS One (Nave/Prisão) para a Terra, onde aterram calmamente em Nova Iorque após terem aberto um paraquedas não muito avançado e de não terem estorricado na entrada da atmosfera. Esta cena ridícula e irrealista define na perfeição esta terrível produção que, para além de ter uma narrativa medíocre e efeitos visuais medonhos, oferece-nos uma variedade de cenas de ação sem lógica ou qualidade que envergonham o género e que muito dificilmente conseguirão entreter alguém. A história de “Lockout” desenrola-se abordo da MS One, uma prisão experimental situada no espaço, onde os quinhentos criminosos mais perigosos do Planeta Terra são mantidos num estado de sono artificial. No mesmo momento em que Emilie Warnock (Maggie Grace), a filha do Presidente dos EUA, chega a bordo da prisão para liderar uma missão humanitária, irrompe um violento motim. Quando Emilie e a tripulação do MS One são feitos reféns pelos prisioneiros, o Presidente Warnock decide enviar o Agente Snow (Guy Pearce) para a MS One, com a missão de salvar a sua filha.
A sua ação até se desenrola no futuro, mas “Lockout” é uma das produções mais antiquadas e pirosas dos últimos anos. O seu estilo visual é bastante pobre e digno de um péssimo B-Movie do século passado, mas a verdade é que esta obra de James Manther e Stephen St. Leger é um filme deste século e com um orçamento de cerca de vinte milhões de dólares, que tinha a obrigação de ser muito mais moderno e cativante. Este descalabro técnico-criativo é evidenciado pelas suas banais cenas de ação e pelos seus péssimos cenários que pouco devem aos pormenores e que ajudam a tornar este filme ainda mais irrealista e inconvincente. A sua história não ajuda em nada esta obra, muito pelo contrário, agrava ainda mais a sua fraca qualidade graças a uma previsível trama central sem vida e cheia de clichés repetitivos e twists sem imaginação. A completar esta onda de leviandade temos um elenco fraco que é liderado por Maggie Grace e Guy Pearce, dois atores que dão vida a duas personagens fortemente estereotipadas e que não têm neste filme a sua melhor performance. É difícil de encontrar alguma razão para alguém perder tempo com este “Lockout”, não só porque é um mau filme mas sobretudo porque já deve ter visto produções estranhamente similares a esta.
Classificação – 1,5 Estrelas Em 5
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