Com Ashley Greene, Demi Moore, Miley Cyrus
Quando um estúdio toma certas decisões que deixam no ar a ideia que um dos seus filmes é bastante mau, então só podemos presumir que essa obra é realmente má demais para ser vista. Ao limitar a estreia de “LOL” nos Estados Unidos da América, a Lionsgate deixou bem claro que este remake norte-americano do homónimo filme francês é uma autêntica nulidade e um filme a evitar. Os seus péssimos materiais promocionais também nos deixam com essa ideia, mas nenhum aviso ou crítica consegue preparar devidamente o espetador para o pobre espetáculo cinematográfico que nos é oferecido por este pérfido produto juvenil, onde a mediana Miley Cyrus dá vida a Lola, uma adolescente que ficou devastada após ter terminado o seu relacionamento amoroso com o seu ex-namorado. O seu mundo fica ainda mais virado do avesso quando percebe que o seu melhor amigo, Kyle (Douglas Booth), pode ser o seu verdadeiro amor. Para além de ter que lidar com os clássicos dramas e romances de liceu, Lola terá também que lidar com a sua controladora mãe, Anne (Demi Moore), uma mulher divorciada que tenta compreender os dramas da puberdade numa era em que toda a vida social e emocional dos jovens está ligada ao YouTube, Twitter ou Facebook.
É praticamente impossível encontrar um aspeto positivo neste paupérrimo filme juvenil que explora, sem nenhuma coesão ou criatividade, os ridículos melodramas familiares e românticos de uma adolescente extremamente irritante que passa quase todo o filme a discutir ou a fazer birras. Estes seus pseudo-problemas resumem-se basicamente a patéticas discussões familiares e a incomplexas dúvidas amorosas que são exploradas sem nenhuma credibilidade ou emotividade por um enredo bastante previsível e imaturo. É por causa desta péssima construção narrativa que “LOL” se pode orgulhar de ter uma grande variedade de sequências monótonas e absolutamente desnecessárias que incluem, quase sempre, um diálogo frívolo entre personagens fortemente estereotipadas. Os nítidos e crassos problemas do seu argumento são exacerbados pelo horrível trabalho de Lisa Azuelos. Esta cineasta até deixou boas indicações com o seu trabalho na versão francesa, mas pelos vistos não conseguiu lidar com a pressão de um grande orçamento e acabou por conferir um estilo nada moderno mas bastante amador e televisivo a este remake. O festival de mediocridade arrasta-se também aos seus variadíssimos elementos técnicos e ao seu elenco, onde encontramos um sem número de péssimas performances, sendo de destacar, como é óbvio, o horripilante desempenho de Miley Cyrus, uma cantora/ atriz que muito sinceramente devia dedicar-se apenas ao mundo da música. Resumindo, “LOL” é um filme mau a todos os níveis e só um admirador fanático de Miley Cyrus é que poderá achar o contrário.
Classificação – 0,5 Estrelas Em 5
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