Crítica - Chernobyl Diaries (2012)

 
Realizado por Bradley Parker
Com Jesse McCartney, Jonathan Sadowski, Devin Kelley

O terrível Desastre Nuclear de Chernobyl é indiscutivelmente uma das catástrofes mais faladas e recordadas em todo o mundo, não só porque roubou a vida a milhares de pessoas mas também porque é constantemente evocado durantes os interminável debates sobre os perigos e potencialidades da energia nuclear. Os detalhes mais estranhos e mórbidos deste fatídico desastre têm dado origem a vários produtos de ficção como livros, séries ou videojogos mas, por muito estranho que possa parecer, não existem muitos filmes de ficção sobre esta matéria, assim sendo, quando este “Chernobyl Diaries” foi anunciado muita gente ficou entusiasmada, porque tudo dava a entender que íamos ser presenteados com um filme de terror relativamente diferente sobre uma temática bastante cativante. Infelizmente, “Chernobyl Diaries” não é nada disto, é sim mais um filme de terror sem nenhuma qualidade ou imaginação. A sua história acompanha um grupo de seis jovens turistas que resolve fazer um tipo de turismo alternativo, contratando um guia pouco convencional. Ignorando todos os avisos, o guia leva-os para a cidade abandonada de Pripyat, onde viviam os operários do reator nuclear de Chernobyl e que agora não passa de uma cidade fantasma, vinte e cinco anos após o desastre. Depois de uma breve exploração nas ruínas da cidade, os jovens acabam perdidos, descobrindo que, afinal, não estão sozinhos. 
É quase impossível que alguém não consiga adivinhar como é que esta obra vai acabar ou que personagens é que vão morrer primeiro, porque todo o filme foi montado e é desenvolvido sem nenhuma óbvia preocupação pelo suspense ou pela surpresa, afinal de contas estamos a falar de um filme que se foca num tradicional grupo de jovens e ingénuos estudantes universitários que se vêm envolvidos no meio de uma situação mórbida e inusitada de onde não vão sair vivos. O enredo de “Chernobyl Diaries” é portanto bastante previsível e tem uma abundância incrível de gritantes incongruências narrativas que destroem o pouco sentido de credibilidade e realismo que este filme poderia ter, mas é a ausência de verdadeiras sequências de terror que acaba por afetar mortalmente o seu nível de entretenimento. Uma obra de terror como esta deveria ter pelo menos cinco ou seis cenas violentas e medonhas, mas não tem nem uma sequência apelativa desse género, algo que resulta diretamente da péssima construção do argumento mas também do fraco ambiente montado por Bradley Parker que, para além de um medíocre trabalho de câmara, não conferiu a esta obra nenhuma onda eficaz de medo ou intensidade. O seu pobre e péssimo elenco também contribuiu para transformar este “Chernobyl Diaries” num das maiores desilusões do ano e num dos filmes de terror mais ridículos dos últimos tempos. 

 Classificação – 1 Estrela em 5

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